quarta-feira, dezembro 5

Farmacinha


Tomou uma bolinha tarja preta básica para dormir, e caiu nos braços macios de Morfeu. Ao acordar, ainda um pouco zonza, tomou aquela que a deixa ligadinha, competindo com a própria boca quem falava mais. As coisas não fluiam tão bem, resolveu tomar aquela que faz o intestino funcionar como um reloginho. Idas ao banheiro constantes, junto com uma pilha de pepinos à resolver... Tudo isso deu uma dor de cabeça... Aceitou um analgésico do colega.

Afinal, remédios estão aí para serem tomados. E se existisse algum que curasse o vício de tomar remédios, ela o compraria em uma caixa com 20 drágeas.

Mas remédios não curam as dores mais profundas. Aquelas que vem lá das profundezas do fundo do fundinho, que doem mais que motorzinho de dentista. O único remédio é o tempo... E algumas vezes, o efeito do tempo é placebo.